terça-feira, 1 de março de 2011

“Os percursos do corpo na cultura contemporânea”

O corpo perfeito sempre foi idealizado por homens e mulheres e a mídia sempre foi o maior propagador do que esse artigo traz à luz da análise. Ter um corpo atraente e perfeito passou a ser obsessão para muitas pessoas, que terminam por não pensar nas conseqüências que seriadas modificações (muitas delas desnecessárias), podem causar à durabilidade do corpo humano, hoje, pós-humano, mas naturalmente frágil.
Faz-se necessário lembrar, que o corpo humano representado, representante e representador conta a história da própria humanidade e que esta por sua vez, imortaliza a evolução tecnológica.
Apreciar o percurso da mutabilidade dos corpos é algo interessante e surpreendente, no entanto, é importante não nos deixarmos contaminar pela crença de que apenas um corpo canônico deve ser respeitado e contemplado como o único respeitável.
Comentário referente ao trabalho avaliativo do Módulo III

domingo, 27 de fevereiro de 2011

“Uma estética para corpos mutantes.”

O que é um corpo perfeito para cada um de nós? Essa busca constante de perfeição, de juventude e até mesmo de imortalidade, faz com que a humanidade, da era atual, exponha sem pudores seus desejos mais profundos e muitas vezes “transloucados”. Essa procura incessante, e nem sempre saudável, faz com que a utilização das tecnologias de modificação e / ou integração da máquina ao corpo, seja cada vez mais ampla, ousada e eficiente, no que se propõe, pois mudanças e avanços tecnológicos pressupõem também novos comportamentos dos indivíduos formadores da sociedade.
Nesse contexto, a segregação entre ricos e pobres, torna-se muito mais evidente, transformando, por exemplo, o segmento menos abastado em “mercadoria de açougue” para o segmento mais abastado, como é constatado nos variados mercados negros de órgãos ou de corpos humanos inteiros.
Comentário referente ao trabalho avaliativo do Módulo III

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

“Corpo cyborg e o dispositivo das novas tecnologias.”

É interessante e ao mesmo tempo assustador, dar-se conta de como o uso das tecnologias chamadas “de ponta”, está cada vez mais presente na manutenção de nossos corpos. Da robótica à biotecnologia, viajamos por lugares antes só sonhados em filmes de ficção, como na extraordinária produção de Joe Dante em 1987, Viagem Insólita (Innerspace). Hoje, é possível ir além da tecnologia do raio X, e dissecar o corpo humano sem fazer um único corte. Eis a maravilha da revolução tecnológica! E que, na medicina, muitas vezes torna-se a diferença entre a vida e a morte.

Nesse intere, surge no cenário das modificações corporais, a concretização do corpo ciborgue, inicialmente como máquinas inteligentes, apresentadas em grandes produções para o cinema e mais tarde para auxiliar o homem em tarefas importantes. Hoje, o conceito de ciborgue remete à integração corpo = máquina, seja por necessidades extremas ou pelo desejo de potencializar o corpo de maneira que este deixe de ser obsoleto, dissonante e se torne "o corpo perfeito".
Comentário referente ao trabalho de avaliação do módulo III

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

“Corpo, fragmentos e ligações: a micro-história de alguns órgãos e de certas promessas.”

O texto nós faz refletir sobre como as tecnologias influenciam no nosso dia a dia. Não apenas no uso, como também na assimilação da mesma em nossos corpos, mesmo que não haja uma necessidade imediata.
A autora nos leva a verificar o quanto a “fantasia”, relativa ao que surgiu como ficção científica no cinema, tornou-se e torna-se cada vez mais real em nossas vidas.
A modernidade tão disseminada pela mídia e pela sétima arte nos põe hoje, diante de vários dilemas, entre eles, o medo e ao mesmo tempo a curiosidade de viver em nossos corpos, antes humanos e hoje de uma forma ou de outra pós-humanos, a realidade tecnológica.
Ao analisar as impressões da autora, acerca dos filmes policiais e suas peculiaridades, penso que tais informações, à luz da sua época, começaram a ser incorporadas pelas pessoas envolvidas em situações semelhantes, o que consequentemente, evitou grandes choques quando tais tecnologias, aparentemente fictícias, chegaram ao convívio social na realidade.

Comentário referente ao trabalho de avaliação do Módulo III

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Tecnologias e Comunicação

26/01/11
Por Queite Nogueira

Á procura de esboçar outro fazer pedagógico, a escola tornou-se através do tempo, um meio de comunicação do discurso midiático, pois foi enfatizada a importância de que esta estivesse presente na crescente preocupação com a leitura crítica dos meios de comunicação.

Os conteúdos midiáticos passaram então, a servir ao currículo regular, como pretexto, ilustração, exemplificação, estímulo à curiosidade do aluno para o trabalho convencional. Por outro lado, há pouca atenção aos meios de comunicação enquanto produtores e veículos de informação, como também às características da recepção dessas informações.

Não sou especialista no assunto, mas não é preciso que o seja para perceber que essa proposta não vem sendo tratada de forma eficaz pelas instituições de ensino, pois as falhas e equívocos são muitos, a exemplo do que nos traz em suas palestras, a professora Elisabeth Dantas, quando nos expõe informações sobre o uso que as escolas fazem da publicidade e da propaganda aos seus alunos e professores.

Moran nos ensina que os veículos de comunicação “refletem, recriam e difundem o que se torna importante socialmente, tanto no nível dos acontecimentos como no imaginário.” Acredito que para tratarmos deste vasto conteúdo nas escolas, já que como educadora, tenho um papel de fundamental importância nessa área, faz-se necessária uma análise cuidadosa das formas de abordagem do conteúdo Tecnologias e Comunicação, pois o impacto dessas tem provocado significativas mudanças na práxis pedagógica, como nos destaca Pretto em suas diversas obras, onde este discute e analisa a indispensável integração entre comunicação e educação, para que esses recursos fundamentem essa nova escola, esse novo “fazer pedagógico”.

Fazendo uma breve análise do impacto que a mídia tem sobre meus alunos, é fácil perceber como o meu trabalho enquanto mediadora do conhecimento é e será difícil, pois esta oferece através de sua comunicação em massa, “produtos” que por diversos motivos não conseguem ser superados pelas mediações em sala de aula.

Faz-se necessária, a ampla capacitação tecnológica e profissional dos professores, como defende Marisa Sampaio, pois o educador é o mediador no processo de aprendizagem, ajudando o aluno a lidar da melhor maneira com os recentes “produtos” veiculados pela mídia e é na escola que este trabalho poderá ser mediado de forma consistente e segura, pois seria ingenuidade de nossa parte, pensar que a mídia adaptar-se-ia aos objetivos da escola e que por sua vez, as famílias teriam condições de conscientizar suas crianças e adolescentes para uma leitura crítica dos produtos ofertados pela mesma. As crianças e adolescentes têm uma relação especial com a mídia, elas são naturalmente curiosas e o poder que as descobertas têm, está ligado à adoração dessa geração pelas novas tecnologias.

Os efeitos da mídia sobre meus alunos muitas vezes faz com que eu me sinta como diz Tardy, numa “situação sem precedentes”, pois, ou estou na condição de ultrapassada ou em muitos momentos “correndo atrás” para alcançá-los. Embora crianças sejam crianças e adolescentes passem por inúmeras mudanças, todos têm opinião própria e para prender a atenção dos mesmos faz-se necessária a ludicidade e a diversão, sem falar que o nosso olhar não é o mesmo dos alunos. Promover discussões sobre essa realidade pode contribuir para o início de uma compreensão crítica do que está explícito e implícito no que a mídia lhes oferece.

Precisamos como defende Bonilla, que as tecnologias e a comunicação sejam adotadas como elementos estruturantes de uma nova forma de pensar, da geração que se apresenta neste século virtual e não apenas como mais uma metodologia didático-pedagógica, visando uma educação que não atende mais os desafios impostos pela sociedade do conhecimento.

É necessário, portanto, que a instituição escolar transforme-se em uma “sociedade aprendente”, ou seja, que o fazer pedagógico seja mesclado ao movimento criativo das tecnologias e da comunicação e conseqüentemente da vida, pois é necessário que formemos cidadãos capazes de administrar a imensa quantidade de informações circulantes no ciberespaço e transformá-las em conhecimento útil para uma vida melhor.